A “SUSTENTABILIDADE” E OS JOVENS GERENTES EMPRESARIAIS: UMA ANÁLISE DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO EM BUSINESS SCHOOLS DO BRASIL E DA FRANÇA.

Abstract This paper discusses how neophytes in the field of business management have been shaped according to the principles of “corporate sustainability”. The sociologicalanalysis focuses on the business schools social space. The discussion of the results is based both on the political sociology of the institutions and on the dispositionalist tradition, organized in two analytical axes: 1) a sociogenetic and comparative reconstruction of “corporate sustainability” courses from FGV-EAESP and HEC-Paris, based on documentary research; 2) an analysis of the narratives of students and graduates from both schools, which enrich the understanding of the socialization process in the “corporate sustainability”. The results point to an international strategy based on the supporters’ conformation on the cause of “corporate sustainability”. Therefore, this process can be seen as decisive in order to understand not only the institutionalization of the sustainable perspective in the economic field, but also the gain of strength of the “sustainable development” model promoted by the UN.A discussão estabelecida neste artigo aborda como neófitos da área da gestão empresarial têm sido conformados segundo os ditames da “sustentabilidade empresarial”. O interesse da análise sociológica está centrado no espaço das business schools. A discussão dos resultados se fundamenta tanto nos aportes da sociologia política das instituições, como na tradição disposicionalista, sendo organizada em dois eixos analíticos: 1) uma reconstrução sociogenética e comparativa de cursos de “sustentabilidade empresarial” da FGV E AESP e da HEC-Paris, baseada em pesquisa documental; 2) uma análise das narrativas dos discentes e egressos de ambas as escolas, as quais enriquecem a compreensão sobre os modos de socialização na “sustentabilidade empresarial”. Os resultados apontam para uma estratégia internacional de conformação de adeptos da causa da “sustentabilidade empresarial”. Trata-se, então, de um processo decisivo para compreender não apenas a institucionalização da perspectiva sustentável no campo econômico, como o próprio ganho de escala do modelo do “desenvolvimento sustentável” promovido pela ONU.